Ser mãe é mágico. É planejar, sonhar, idealizar… e se ferrar!
É, a gente se frustra, se culpa, se diminui, duvida de todas as certezas que tínhamos, principalmente da que seríamos a melhor e mais perfeita mãe do mundo.
Ser mãe é perceber que nunca estaremos prontas. Literalmente.
Seja pra sair ou para agir, os filhos tornam-se o nosso maior desafio.
Ser mãe é marcar para sair às 10h e às 10h30 ainda estar a dar um banho no bebé que se sujou todo quando chegou ao carro. Outras vezes, ser mãe é arrumar os filhos, o marido e quase esquecer de calçar os próprios sapatos, pois só nos sobraram cinco minutos para nos arranjar.
Ser mãe é o grande desafio da vida de uma mulher. Ou menina, pois é como sentimo-nos muitas vezes. Verdes, inexperientes, inapropriadas e incapazes de lidar com tamanha responsabilidade.
É gerar, educar, guiar e esforçar-se ao máximo para ter trazido ao mundo uma pessoa boa e correta. É nós mesmas percebermos que precisamos ser pessoas melhores e corretas para termos ainda mais moral com os pequenos grandes seres que criamos ao longo da vida.
Ser mãe é apenas lindo e romântico.
Nas novelas e filmes. Na vida real, não! É pesado e muitas vezes cruel. Há renúncias, crises existenciais e tudo mais! Uma mãe é também uma mulher. Um ser humano passível de erros e falhas, não uma super-heroína como dizem!
Rainha, leoa, dona da p* toda… adjetivos forçados, clichês e romantizados. Sim! Mamãe é uma pessoa comum, normal. Que também sente falta de acordar tarde aos fins de semana e que se segura ao máximo para não soltar 11 palavrões em 10 palavras na frente da criança. Ser mãe é ser forte e muitas vezes fraca escondida, mas sempre a impor o lema”- Faça o que digo, não faça o que faço.” É perceber que nem sempre é assim e os filhos fazem mais o que fazemos que o que dizemos. E não falhamos por isso, nós tentamos…
Ser mãe é muita coisa junta e misturada. Um tutti-frutti, um arco-íris, uma salada. É batata frita com sorvete e feijão com danoninho. É ímpar, pessoal e intransferível. Temos que nos lembrar disso a toda hora, mas sempre esquecemos.
Ser mãe é se comparar com outras mães e tentar “copiar” os métodos e dicas das outras, mas nós não somos elas! Quando é que vamos entender isso?!?!
Por que eu escrevo isso, mas não o pratico sempre?!?
Porque sou mãe. Normal. Comum.
Tenho que cuidar do bebé e de mim. Fora marido, casa, familiares, amigos, academia, livros, séries, filmes, discos novos, redes sociais, ah, tem o jardim e as flores! O curso de culinária e o de pintura!!! Eu surto todos os dias e penso em desistir, mas… quando olho pra aqueles olhos redondos e negros que me encaram com a maior concentração e de repente vejo aquele mais sincero sorriso banguela se abrir pra mim, eu choro! Eu sorrio de volta e largo tudo e todos pra apertar aquela coisa maravilhosa que eu fiz!!!! E me bate um orgulho sem tamanho.
Esqueço tudo de ruim e vivo a felicidade num afago! Dura pouco porque depois começo a imaginar que o mundo é mau e cruel e eu preciso proteger o meu serzinho!
Mas ele sorri de novo e esqueço. Vivo o momento, aproveito. Afinal, passa tão depressa e crescem tão rápido!!
